Histórias que o Vovô contava

Justiça com as próprias mãos - página 1

Justiça com as próprias mãos

Quando eu nasci,a parteira
Sorridente
Grita:_Chega minha gente!
Venham ver como é bonito!

Eu dei um salto;
Pulei no meio da sala,
Tão veloz como uma bala,
Berrando como um cabrito.

O meu almoço
Era um pato,uma galinha,
Uma cuia de farinha,
Um quilo de camarão.

Meio garrote,
Um carneiro bem assado,
Um quarto de boi torrado,
Sete quilos de feijão.



A minha casa
Fica lá no pé da serra,
Onde o cabrito berra,
Telhado não tinha não.

Tão bonitinha,
Parede de pau à pique;
Lá nos fundos um alambique,
Bem ao lado do fogão.

Todos trabalham,
Aqui ninguém morre à mingua,
Faço rapadura e pinga,
Queijo fresco e requeijão

Vendo na praça,
Freguês é do meu agrado,
Eu vendo à vista e fiado,
Pois aquí não tem ladrão


Há tempos tinha,
Mas fugiram pro sertão;
Alguns a gente matou,
Agora não tem mais não.







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