Histórias que o Vovô contava

Amanhecer na fazenda - II

Amanhecer na fazenda – II


Quando amanhece, escuto
O galo cantar
E o leiteiro já se foi;
O carreiro ajunta os bois,
Que a luta vai começar.

Boto na canga
Boi de coice, boi de guia;
Boi de traz e boi de frente;
Isto é boi inteligente,
Era o que o patrão dizia.


São sete horas, hora de viajar;
Vamos boiada; o carro ta na estrada;
Tô indo devagarinho;
Eu vou parar no moinho,
Com o milho do fubá.

Quirera, fubá e milho,
Eu pego quando voltar;
Que o milho já tá moído;
Eu boto mais na moega;
Para, à noite, triturar.

Quando voltar,
Os bois estarão cansados;
O carro, cheio e pesado,
Que assim, canta melhor.
Termina o dia, solto os bois lá no cerrado,
Que o milho tá no paiol.

Quando amanhece,
Na fazenda é só fumaça;
Na pastagem, o gado corre,
Fugindo de um tem que passa,
Transportando seu valor.

É a mogiana,
Com seu transporte arrojado
De café, arroz e gado;
Levando tudo pra Santos
Exportar pro exterior.


E as crianças que a mim
Se avizinham,
Correm pra beira da linha,
Alegres, soltando gritos;
Gostam de ouvir o apito
Da grande máquina a vapor.


0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial